Tormenta: Essa poesia não é sobre (a)mar
Eu inocente, mesmo sem saber velejar, me lancei sobre as ondas do teu mar, confiante, sem tripulação. Apenas um barco e eu como capitão.
Mesmo com seus avisos, eu teimoso, continuei a navegar pelos seus mares revoltos, passando por tempestades e redemoinhos.
Bem como seu presságio anunciou, naufraguei em teu oceano, mas diferente do que se espera de um sobrevivente, me deixei afogar pelas suas águas.
Adormecido na zona abissal da sua tormenta, me deixei permanecer, mesmo com os tubarões e as orcas dilacerando todo meu ser.
Quando despertei, tinha me perdido da minha essência e as ondas do seu mar estavam calmas e serenas, manchadas com o meu sangue.
Mas não culpo você, até porque, não se pode controlar os mistérios do oceano.
<- Voltar