Museu mArte

Primórdios

No início, só haviam trevas. Elas se consumiam e se recriavam, se agrupavam e se separavam. Uma obra caótica, instável. A mais bela obra que um pintor poderia almejar. De repente, no meio de todo aquele caos, surge um ovo à deriva nas trevas. Elas o envolvem e formam um ninho para ele. Querem protegê-lo de tudo, mesmo que não houvesse nada para machucá-lo. Subitamente, o ovo choca. Um clarão surge, rompendo as trevas e forçando-as a tomar forma. As trevas viram sair do ovo, a luz, uma pequena bola de energia, que iluminava todo o universo.

Luz e Trevas uniram-se em um só corpo.

A luz espalhou pequenos fragmentos de si por todo o universo. Elas chamaram aquilo de estrelas. E esses fragmentos começaram seus ciclos, criando elementos, planetas e tudo mais no universo. Enquanto isso, Luz e Trevas brincavam no cosmos, criando constelações, galáxias e sistemas solares. Por fim, decidiram descansar. Criaram os buracos negros como refúgio para as trevas originais, que já não tinham espaço em um universo cheio de estrelas.

Nos buracos negros, Luz e Trevas descansam.


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